Saturday, December 22, 2007
Realejo na Vila Madalena
"SORTE - Fostes amável para com todos, e por esse motivo tivesses muitos desgostos que foram causa de magoar teu coração. Porém com o decorrer dos dias tudo mudará. Não desanimes nunca. Confia na Estrela do teu nascimento que irá surpreender com uma notícia agradável. Há uma pessoa que segue teus passos, porém em silêncio. Esta pessoa há de fazer-te muito feliz e dedicar-te-á muito amor, tal como sonhas no teu pensar. Serás mãe carinhosa de 3 lindos anjos que hão de coroar-te de felicidade. Terás sorte na Loteria com o número 14111."
Thursday, December 20, 2007
Branco
encontrei, dissonantes,
as minhas palavras perdidas
perfeitamente ordenadas
chego mais perto
educo o silêncio calado em mim
exponho o imprevisível
gostar a partir do receio
de ir
me dá colo
que eu calo o futuro pranto
dos teus olhos de marfim
as minhas palavras perdidas
perfeitamente ordenadas
chego mais perto
educo o silêncio calado em mim
exponho o imprevisível
gostar a partir do receio
de ir
me dá colo
que eu calo o futuro pranto
dos teus olhos de marfim
Monday, December 17, 2007
Personagem
Querida L.,
Me acostumei a viver com essa dorzinha, todos os dias, durante muito tempo. E essa dor acabava por suprir minha necessidade de sentir. E eu boicotei outros tipos de dor, ou de emoções variadas, de forma que passei a ser aquela personagem que se mostra através do "brilho", da "graça" e não do que está sentindo de fato. E a presença da dor é quase que um refúgio, né? Acredito nisso, no apego que construímos em relação à dor. Porque ela, muitas vezes, é o que estamos acostumadas a sentir e então é mais simples se relacionar com o que já sabemos lidar. As novas dores são sempre piores, desconhecidas, obscuras. E, talvez, mais dolorosas.
E é por isso que esta é uma carta de despedida. Não preciso mais de você; quero novidade. Sou muito grata - entenda, por favor.
Beijo,
L.
Me acostumei a viver com essa dorzinha, todos os dias, durante muito tempo. E essa dor acabava por suprir minha necessidade de sentir. E eu boicotei outros tipos de dor, ou de emoções variadas, de forma que passei a ser aquela personagem que se mostra através do "brilho", da "graça" e não do que está sentindo de fato. E a presença da dor é quase que um refúgio, né? Acredito nisso, no apego que construímos em relação à dor. Porque ela, muitas vezes, é o que estamos acostumadas a sentir e então é mais simples se relacionar com o que já sabemos lidar. As novas dores são sempre piores, desconhecidas, obscuras. E, talvez, mais dolorosas.
E é por isso que esta é uma carta de despedida. Não preciso mais de você; quero novidade. Sou muito grata - entenda, por favor.
Beijo,
L.
Noite Carioca
Diálogo de surdos, não: amistoso no frio.
Atravanco na contramão. Suspiros no
contrafluxo. Te apresento a mulher mais discreta
do mundo: essa que não tem nenhum segredo.
Ana C.
Atravanco na contramão. Suspiros no
contrafluxo. Te apresento a mulher mais discreta
do mundo: essa que não tem nenhum segredo.
Ana C.
Monday, December 10, 2007
Roubo de intimidade
Assaltante aborda casal aos beijos e pergunta, depois de avisar que é um assalto: "Vocês são amantes ou são namorados?"
Os dois pensam qual será a resposta correta, enquanto entregam seus pertences de valor.
Os dois pensam qual será a resposta correta, enquanto entregam seus pertences de valor.
Sunday, December 09, 2007
Raccord
Encaixadinho, ou desencaixado
perfeitamente desordenado
ordenando o caos.
E o silêncio como instrumento.
perfeitamente desordenado
ordenando o caos.
E o silêncio como instrumento.
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