Wednesday, May 30, 2007

Encontro

Ele é um gato. Poderia chamá-lo de AS e escrever linhas românticas e sem fundamento. Roubaria idéias de JA, WW, TJ e, claro, AC. Faria declarações de amor ao desconhecido AS, em nome da poesia, apoiada em Platão – a quem jamais chamaria de P. Relembraria nosso café-da-manhã no Garcia & Rodrigues (GR?), em mesas separadas mas com olhares encontrados. AS lia os jornais do dia, prestava atenção na minha conversa e no meu decote com sorriso maroto e sacana. AS sabe olhar um decote com polidez e interesse. Furtou sorrisos meus, que eu disfarçava fingindo que eram pra minha interlocutora AM, que mal percebeu meu flerte. Muito discreto ou até invisível foi nosso encontro. AS e eu esperamos o momento certo e depois o deixamos passar pra podermos viver desta possibilidade duvidosa que foi o nosso caso de amor. LG e AS, eternamente separados pelo rigor de nossas próprias construções sobre o amor à primeira vista.

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