Wednesday, September 26, 2007

Rascunho

Querida V.

Escrevi um email pra você mais cedo, mas acho que você ainda não leu - uma vez que não respondeu. Então escrevo pra complementá-lo com algumas outras sensações que me vieram durante o dia, enquanto eu digeria as idéias da nossa conversa de ontem. Toda a ironia que existiu na noite de ontem me fez rir muito. Que volta a vida deu em torno dela mesma. E transformou as novas pessoas em pessoas antigas com novos penteados. Riu de mim, o meu destino. Quantos planos eu fiz sobre viver novidades, sobre meu presente-futuro; e daí o passado vem e me surpreende. Mas tudo bem, no fundo achei engraçado e pude me divertir às custas de minha própria frustação neste momento. Hoje há mais motivos pra rir e eu te escrevo com a melhor das intenções otimistas: quero mesmo é dizer que eu sinto muito a sua falta, mas que eu vivo tranqüilamente com a sua ausência. Vou pegar a ausência pra mim, de presente, pra segurar no escuro e sentir você perto de mim, inspirada em C.D.A. Como é bom contar com a poesia nesses momentos, não é? Em todos os momentos, aliás, que besteira achar que é só agora que ela importa. Sempre importa, sempre importou. Importará.

Não precisa responder o email, só ter escrito já me fez bem.

Beijos com saudade assimilada
L.

1 comment:

Anonymous said...

Não dizem que a análise é isso: você fala, você se ouve e você passa a se entender melhor?